Nasi não nasceu para ser santo. Nasceu para ser a voz de um pecado capital. Quando foi fundo ele acabou indo além do permitido e recomendado. E, na volta, trouxe com ele tudo que o dragou - do melhor e do pior.
Nas travessias ao céu e nas travessuras abaixo do inferno das drogas químicas e das porcarias das pessoas físicas e jurídicas que experimentou, o ex-vocalista da banda Ira! se tornou homem com todas as letras. Desde as bem feitas e de boa métrica até as malfaladas e malditas.
Você ficará vermelho de raiva e de paixão com a história de um dos roqueiros mais polêmicos do Brasil, com tantas tretas que fizeram da vida de Marcos Valadão, este Wolverine brasileiro contraditório e solitário, coisa de ficção, de horror, de comédia e de drama, mas também de muito amor.
No livro, o vocalista conta que o primeiro lugar onde o Ira! despontou, com a música Núcleo Base do primeiro disco do quarteto, Mudança de Comportamento, de 1985, foi no Rio Grande do Sul.
Anunciada como uma biografia polêmica, A ira de Nasi traz histórias nunca divulgadas na mídia, como as angústias que o vocalista passou ao lado da namorada Maysa, e expõe em maiores detalhes a separação do Ira! e a briga com o irmão Júnior.
“Falei sobre coisas que nunca tinham sido ditas, que nunca foram esclarecidas”,
Em uma entrevista disse:
Quando decidiu fazer a biografia?
Recebi um convite da Editora Belas Letras para lançar a biografia. Como tinha contato com o Alexandre Petilo, jornalista que havia escrito uma biografia do Ira não lançada, pensei em utilizar parte desse material e chamei o Mauro Beting para reescrever a historia a partir do meu ponto de vista , assim nasceu a Ira de Nasi.
No livro você fala sobre sua relação de “amor e ódio” com as drogas. Qual foi o papel da cocaína em sua vida?
O pior papel possível, papelotes e papelões.
Também no livro, você corrige o número de mulheres que já transou. Você realmente contabilizou suas conquistas? Quantas seriam afinal?
(Risos). É claro que nunca contei. Mas a “Playboy” quis me deixar constrangido e eu inverti a situação deixando a redação de boca aberta. O que posso afirmar numericamente é que calculo por volta de 2 mil shows feitos na minha vida profissional e meu índice de aproveitamento, digamos, era próximo ao do artilheiro Fred fazendo gols. Se eu não fui o maior artilheiro do rock Brasil devo estar no G4.
- Autor: Mauro Beting & Alexandre Petillo
- Editora: Belas Letras
- Páginas: 320
- Tipo de capa: Brochura
- Assunto: Artes-Musica, Biografias, Diários, Memorias & Correspondências